Fiz uma entrevista com o autor parceiro Evandro Ribeiro, autor do livro "Não deixe o sol brilhar em mim"

1- Quando começou sua paixão por livros?
Aprendi a ler com seis anos de idade, depois disso não me recordo de nenhum momento em que não estivesse lendo. Era frequentador assíduo das bibliotecas das escolas onde estudei e das bibliotecas municipais de onde morei.
2- Porque você decidiu escrever um livro?
Por gostar de ler muito, sempre manifestei a vontade de escrever. Mas era apenas algo que ficava vagando em meu subconsciente, não pensei que se concretizaria um dia.
3- Me diga 3 escritores que você se inspirou quando começou a escrever:
Não foi intencional, mas quando se lê muito um determinado autor, é natural que se tenha influências do estilo que esse escritor usa. Li muito Stephen King, gosto muito do estilo de Edgar Alan Poe, Lovecraft e entre os brasileiros, José Lins do Rego. O que estes três escritores tão distintos tem em comum? O tom realista de escrever, um final feliz não é necessáriamente um elemento obrigatório em suas histórias. Ultimamente o escritor sueco Jonh Ajvide Lindqvist me chamou a atenção com seu romance de estréia : “Let the right one in”.
4- Qual a dica que você da para as pessoas que querem escrever um livro?
Para se escrever é preciso ler bastante também, pois através da leitura se adquire conhecimento. Pesquise como outro autor desenvolveu um tema parecido com o que quer escrever. Estude técnicas de redação, construção de ambiente, construção de personagens, diálogos etc... Se ainda está estudando, faça cursos direcionados como letras, literatura ou outra coisa ligada a área. Hoje sinto falta de não ter tomado esse rumo ainda quando era jovem, agora tenho que sair correndo atrás do prejuizo.
5- Já está pensando no próximo livro?
Sim, já tenho alguns projetos em mente, mas primeiro preciso terminar o atual “Não Deixe o Sol Brilhar em Mim” por completo. Ainda falta a revisão da editora que vai me tomar ainda algum tempo. Mas assim que acabar a revisão, já vou dar início a um dos projetos.
6- Qual o personagem/frase que você mais se identifica em um dos seus livros?
Eu me identifico muito com Valquíria. Frase... a que me vem na memória agora é quando ela fala de sua natureza... “Não estou usando isso como desculpa pelo que fiz, nem quero me desculpar pelo que sou. ... Eu sou o que sou...”
7- Qual as dificuldades que você teve em procurar uma editora?
Esse também é um ponto importante. As editoras são empresas e empresas buscam lucro, é simples assim. E mais fácil investir no seguro, e portanto, um escritor iniciante terá muito pouca chance de ter seu trabalho publicado por uma grande editora. Felizmente, hoje em dia existem formas alternativas, diferente de se bancar tudo de forma independente. A demanda de escritores novos a cada ano é grande, e algumas editoras de olho nesse potencial mercado, criaram meios menos burocráticos em que os autores investem uma parte e usam a infraestrutura da editora para divulgar seu trabalho. Eu acho isso muito positivo, pois muitos autores bons que normalmente ficariam esquecidos, podem mostrar seu trabalho para o público. É claro, que isso também faz sirgir muitos espertalhões querendo se aproveitar do sonho de muitos. É importante, em qualquer atividade que se faça, verificar a idoneidade das pessoas com quem vamos nos comprometer.
8- Qual o primeiro livro que você escreveu? e qual foi a maior dificuldade?
Não Deixe o Sol Brilhar em Mim é o meu primeiro livro. E a maior dificuldade foi aquela advinda da falta de experiência. Precisei reescrever muitas e muitas vezes vários trechos do livro. É muito importante sempre pedir a opinião das pessoas. Alguém experiente que faça uma leitura crítica do nosso livro é muito importante. Pois, estando envolvidos na construção da trama, personagens, leituras e releituras, acabamos perdendo a noção do que fazemos e ficamos menos autocríticos com nosso trabalho. Não ter dó de apagar e refazer vários trechos ou páginas quando for preciso, é uma coisa necessária.
9- Quai são seus planos para o futuro?
Estou pensando em escrever uma história que misture realidade e fantasia, mas não algo do tipo conto de fadas, pois como falei anteriormente finais felizes não são bem a minha praia. Pretendo escrever também, algo que fale da vida dos brasileiros no Japão, mas não um documentário talvez uma ficção. E sempre tive um projeto de escrever algo como “ japonês para o dia à dia”. Pois quando vim ao Japão e tentei fazer alguns cursos de japonês no Brasil, só encontrei coisa do tipo “ Japonês para viagens”que não teve muita serventia por aqui.
10- Obrigada por aceitar a entrevista.
Eu que agradeço pela oportunidade, Obrigado.
1 Assuntos:
Obrigado Larissa,
Agradeço por mim e pelos outros autores nacionais. O apoio dado pelos blogs literários é fundamental para promover o nosso trabalho.
Parabens a todos vocês por essa iniciativa.
Abraços.
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